O Caminho - Díptico

Figura 1- Caminho, díptico, Eduardo França, 2020
Figura 1- Caminho, díptico, Eduardo França, 2020 
 

As mãos, assim como os anéis das árvores, espelham a idade e as condições de vida de cada pessoa. como reflexo do tempo da vida. A seta é um símbolo universal de indicação do caminho a seguir. 
Um dos símbolos mais conhecidos do mundo, é a seta amarela, que guia os peregrinos no caminho de Santiago de Compostela. 
O ocaso, o momento em que o Sol atravessa a linha do horizonte e desaparece da nossa vista, é o destino diário do astro que, tal qual Sísifo, está condenado a percorrer diariamente o mesmo caminho, entre o nascimento e a morte. 
A seta formada pelas mãos, indicam o caminho. No caso o caminho comum a todas as pessoas, o caminho para o ocaso. 
A forma criada com as mãos também lembra uma ave, uma ave que também está presente na outra fotografia que segue na mesma direção. 
A palheta de cores das duas fotos do díptico, são semelhantes dando unidade ao conjunto. 

Explorando outras possibilidades.
A junção das duas imagens, formando uma única, daria a idéia de continuidade, porém simplifica leitura. A linha de separação, nos obriga a analisar cada uma de per si.


Figura 2 - Caminho, Eduardo França, 2020


Uma outra possibilidade, seria utilizar o dípitico em preto e branco, mas neste caso, acho que as cores trazem uma força maior ao conjunto. 
Figura 3- Caminho, díptico em preto e branco, Eduardo França, 2020



Eduardo França

Vila Nova de Gaia, 19 de outubro de 2021


NA. Este trabalho foi realizado em maio de 2020, durante o período de recolhimento obrigatório por causa da pandemia de COVID-19. 


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